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A Polícia Civil do Piauí identificou o corpo do homem que foi encontrado enterrado com um corte no abdômen em uma cova rasa e as suas vísceras dentro de uma bacia, no final da tarde do último sábado, 15 de fevereiro de 2025, no quintal de uma residência na Vila Mandacaru, na Zona Sudeste de Teresina-PI. Trata-se de Adenildo Alves da Silva, conhecido como Lorim, de 37 anos, que residia na Rua Edgar Gaioso ao lado do Estádio de Futebol Jacozão, na cidade de José de Freitas-PI, a 48 km de Teresina.
A mãe de Lorim, Aldenora da Silva Alves só ficou sabendo da morte do filho na última quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025, quando uma equipe da Polícia Civil foi até a sua residência na Rua Edgar Gaioso, no centro de José de Freitas-PI e comunicou que seu filho havia sido encontrado morto e que o corpo se encontrava no IML de Teresina-PI.
Aldenora Alves informou aos policiais civis que o filho Lorim havia saído para Teresina à procura de um trabalho e que ele não havia mais dado notícia a ela. Lorim era muito conhecido na cidade de José de Freitas. O seu corpo quando foi encontrado já estava em estado de decomposição e após ser liberado pelo IML deve ser levado direto para o cemitério.
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Policiais Militares lotados no 8º BPM-PI que estiveram no local onde o corpo de Lorim foi encontrado informaram que havia vestígios de sangue nas áreas interna e externa da residência. O Corpo de Bombeiros foi acionado e, após escavar a parte de fora, encontrou o corpo com um corte de faca na região do abdômen. O corpo de Lorim estava enterrado nos fundos da residência e as vísceras estavam dentro de uma bacia próximo ao local.
O proprietário da casa informou à PM que um homem identificado apenas como De Assis teria supostamente cometido o crime. Ele foi localizado pelos policiais em uma rua próxima a uma área de mata e confessou ter matado o homem que foi encontrado enterrado.
Segundo a PM, o suspeito capturado foi identificado como sendo Francisco de Assis da Silva Borgas, conhecido como Capivara, que é usuário de drogas. Ele foi levado para a Central Flagrantes de Teresina, onde foram feitos os procedimentos legais pela Polícia Civil. Capivara confessou a autoria do crime e foi autuado em flagrante, sendo em seguida colocado à disposição da Justiça.
A juíza Cassia Lage de Macedo, da Vara Núcleo de Plantão de Teresina, na decisão da conversão da prisão em flagrante, decidiu decretar a prisão preventiva do suspeito Capivara.
O delegado Francisco das Chagas Santos Costa, o Baretta, coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou detalhes do crime em que foi vítima o josedifreitense Lorim.
Baretta disse que o suspeito Francisco de Assis da Silva Borges, conhecido como Capivara, de 37 anos foi preso em flagrante horas após o corpo da vítima ter sido encontrado.
De acordo com o delegado, Capivara é um indivíduo já conhecido da polícia que estava em liberdade condicional. Ao ser preso, ele relatou que cometeu o crime porque a vítima estava passando em frente à sua casa procurando boca de fumo.
Delegado Francisco das Chagas Santos Costa, o Baretta (Foto: Reprodução)
“Felizmente foi feito todo o levantamento, a coleta de provas, o encontro do cadáver e o indivíduo localizado pela Polícia Militar, preso e autuado em flagrante. Ele diz que a vítima passou em frente à casa dele procurando boca de fumo e ele jogou uma pedra, puxou o corpo para dentro da casa e lá tirou as vísceras”, afirma o delegado Baretta.
O corpo foi encontrado no sábado (15 de fevereiro) enterrado em uma cova rasa no quintal de uma residência na Vila Mandacaru, Zona Sudeste de Teresina. A vítima estava com o abdômen aberto. Segundo o delegado, a suspeita é que ele teria prendido a vítima com as mãos e braços para trás, dissecou as vísceras, em seguida matou e enterrou.
“A história dele não se completa porque o cadáver foi encontrado com as mãos e pés amarrados. Significa que a pessoa foi dissecada ainda viva. Mas só o legista vai dizer se os cortes foram feitos quando ela ainda estava viva. Isso é importante inclusive na qualificadora do crime”, explica o delegado Baretta.
A polícia aguarda os laudos para saber se a vítima estava morta ou não quando teve as vísceras dissecadas. O caso segue em investigação para conclusão do inquérito.